A biópsia é um procedimento muito comum na prática médica, no entanto, ainda existe uma ampla parcela de pacientes que nutre certo temor a respeito do exame por ser uma prática pouco entendida por grande parte da população. Ao contrário do que a maioria acredita, a solicitação de uma biópsia nem sempre significa suspeita de câncer.
A biópsia é indicada tanto em enfermidades simples, como as verrugas, como nas mais graves, como o câncer. Mas também pode ajudar no diagnóstico de doenças infecciosas, determinando o agente causal. Em doenças autoimunes, ajuda a confirmar ou informar as alterações esperadas em órgãos ou tecidos.
Em geral as biópsias são realizadas sem necessidade de internação. Uma biópsia bem-feita começa com uma adequada coleta do material. O profissional deve escolher a melhor área da lesão a ser coletada, a extensão correta de coleta e o material a ser colhido. O material colhido deverá ser conservado em solução de formol e posteriormente enviado para o LVT - Laboratório Dr. Vitor Travassos que fará a triagem para avaliação e emissão de um laudo histopatológico.
Uma biópsia também pode ajudar a avaliar a gravidade da lesão e a evolução do tratamento. Em lesões de malignidade suspeita ou confirmada, ajuda a estabelecer o grau histológico de neoplasia e a determinar a natureza, taxa de crescimento e agressividade do tumor, ajudando a elaborar o plano do tratamento e a prever o prognóstico das doenças.
1 – Começa-se por colocar o tecido num fixador que evitará qualquer deterioração. Depois, a amostra será desidratada e embebida em parafina para que se preservem as células e a estrutura.
2 – Quando o tecido já está incorporado, corta-se o bloco de parafina com o tecido embebido em fatias mais finas do que uma fração de um cabelo humano. Estas fatias finas são colocadas numa lâmina de vidro, retira-se a parafina do tecido e, depois, utilizam-se corantes diferentes para identificar as estruturas celulares distintas e suas características especiais.
3 – No diagnóstico da patologia o processo de coloração inicial designa-se por hematoxilina & eosina (H&E) – e permite corar diferentes células e estruturas tornando-as visíveis ao microscópio. O patologista pode, assim, detectar o crescimento irregular das células e determinar o próximo passo do tratamento.
Imagem: Filipe CAmpoi/ SAÚDE é Vital)
Na maior parte dos casos é possível obter um diagnóstico somente com a coloração H&E, mas há casos em que são necessárias colorações especiais. Estas colorações especiais podem detectar, por exemplo, certas quantidades de proteínas que indicam a probabilidade de um doente responder a determinados tratamentos.
Os prazos necessários para que se possa produzir esses laudos variam de acordo com o tipo de lesão, do material a ser analisado e o procedimento técnico adotado. O prazo médio oscila entre sete e quatorze dias, podendo chegar a um mês em casos de exames mais sofisticados.
"As frações da amostra serão extraídas de regiões diferentes do fragmento e serão realizadas as lâminas, dependendo das condições do material. Temos uma Equipe de Mestres e Doutores em Patologia profissionais especialistas dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, locais onde desenvolvemos uma relação contínua de Parceria para que os serviços sejam prestados na maior agilidade e qualidade." Vitor Travassos , Biólogo Clínico e Citologista
TIPOS DE BIÓPSIA
O tipo de biópsia a ser realizado depende do tipo de lesão, do órgão a ser estudado, da hipótese diagnóstica e de condições pessoais do paciente:
Biópsias externas
Quando feitas em lesões superficiais, geralmente salientes na pele ou mucosas.
Biópsias interna
Feitas por incisão ou punção às cegas ou guiadas por ultrassonografia ou por endoscopia.
Biópsias extemporânea ou perioperatórias
Feitas durante uma cirurgia.
Biópsias incisionais
Quando é retirada apenas uma parte da lesão.
Biópsias excisionais
Quando é retirada a lesão inteira.
Biópsias por aspiração
Quando o material a ser examinado é aspirado por uma seringa ou instrumento semelhante. Este tipo de biópsia se divide em dois tipos:
Punção e aspiração com agulha fina (PAAF)
Esta punção retira células e líquidos de tumores, com frequência de glândulas como a tireoide ou a mama. Este exame é rápido e não é muito doloroso, podendo ser realizado sem anestesia. A desvantagem deste tipo de biópsia é que por ser uma agulha fina, pouco material pode ser recolhido e a precisão é baixa.
Punção e aspiração com agulha grossa (PAAG)
Diferente da anterior, este tipo de punção utiliza uma agulha mais grossa, capaz de remover pedaços de mais de 1 cm. É usada anestesia local para a inserção da agulha e de três a seis amostras glandulares são retiradas para precisão do diagnóstico.
Biópsia Líquida
O recente interesse por ácidos nucleicos do sangue abriu novas áreas de investigação e possibilidades para o diagnóstico molecular. Em oncologia, alterações genéticas derivadas de tumor, alterações epigenéticas e ácidos nucleicos virais são encontrados no plasma/soro de pacientes com câncer. Esses achados têm importantes implicações para a detecção, o monitoramento e o prognóstico de muitos tipos de cânceres.
"É a Equipe Médica quem determina quantas frações da amostra deverão ser analisadas, e toda a exigência descrita em prescrição médica ao LVT - Laboratório Dr. Vitor Travassos, será ponderada no momento da análise." Ludmila Travassos , Bióloga Clínica, MBA Metodologia Esp. Linguagem
A caracterização molecular do tumor de um paciente para orientar as decisões de tratamento é cada vez mais aplicada em cuidados clínicos e pode ter um impacto significativo no resultado da doença.
Referências:
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